PERSONALIDADES DE PRATÂNIA
CANTOR TINOCO
"Não existe Brasil sem os irmãos Tonico e Tinoco". Eles representam à essência e o romantismo do homem do campo, o JECA, imortalizado nas canções cheias de saudades, lendas, menções e, principalmente, sotaque caipira. "Se a lua tivesse o prazer de enamorar com o Sol, o faria ao som de uma de suas valsas.
Filho de imigrante espanhol, Salvador Perez e da brasileira Maria do Carmo, José Perez nasceu no dia 19 de novembro de 1920, no bairro Guarantã, quando este pertencia ao município de Botucatu, e que por este fato é considerado conterrâneo dos pratianos.
Percorreram todo o país se apresentando em circos, com sua companhia teatral durante 40 anos sem interrupção. Foram 50 anos de rádio (Difusora de São Paulo, Rádio Bandeirantes, Rádio Nacional e Rádio Record). Na televisão participaram da primeira transmissão em 1950, e se apresentaram depois em todas as emissoras de Tv de São Paulo, como apresentadores com o Programa na Beira da Tuia. Realizaram grandes eventos (Grande noite da Viola no Maracanãzinho - RJ em 1978, Teatro Municipal de São Paulo em 1988 e o Troféu Tonico e Tinoco 1992.
Receberam inúmeras premiações (04 Roquetes Pinto, Medalha Anchieta, Ordem do Trabalho, troféu Imprensa, Ordem do Mato Grosso, Prêmio Sharp de Música e Prêmio Di Giorgio.). Tonico e Tinoco venderam mais de cento e cinquenta milhões de Lps, e realizaram mais de 40.000 shows em sessenta anos de carreira. Em agosto de 1994, no entanto, o Brasil teve a triste notícia da morte de Tonico, o "Caboclo Contador". Sofreu um mal súbito, caiu da escada de seu apartamento em São Paulo, e não resistiu. Atualmente Tinoco, que reside em São Paulo, mas mensalmente visita Pratânia, onde usufrui de momentos de descanso com a família. Continua fazendo shows por todo país com seu filho Tinoquinho, levando o nome de Pratânia por onde passa, e enchendo de orgulho os pratianos por ser um filho da terra tão ilustre, um dos maiores expoentes da música caipira.
ESCRITOR FRANCISCO MARINS
Francisco Marins nasceu em Pratânia, em 1922, quando a cidade ainda era um lugarejo. E filho de Joaquim Marins Peixoto e Isabel Ferrari Marins. Peixoto. Bacharel pela faculdade de Direito do Largo São Francisco (1946). Descendente de antiga família de boiadeiros e pequenos plantadores de café passou sua infância em contato com a vida rural, onde colheu inspiração para seus livros, os quais iriam refletir, no futuro, os Costumes e a história da formação brasileira.
Colaborou, na fase ginasial, na imprensa da região de Botucatu como repórter e escreveu uma série de crônicas denominadas "Pitangas" e "Gabirobas" e "Contos Sertanejos".
Em parceria com Hernani Donato, escreveu uma novela de aventuras "O Tesouro" publicada em 25 capítulos em suplemento do Diário de São Paulo. Fundou e dirigiu o jornal "O Estudante".
No período acadêmico (1940/1946) foi membro e Presidente da Academia Brasileira de Letras da Faculdade de Direito e Diretor da Revista Arcádia, quando promoveu conferências de repercussão nacional sobre a Semana de Arte Moderna.
Colaborou também no Jornal Planalto - de Orígenes Lessa; na revista O Cruzeiro; na Folha da Manhã e Diários Associados.
Ainda estudante publicou em, 1945, o livro infanto-juvenil- Nas Terras do Rei Café, hoje com 34 edições e tiragem de mais de 600.000 exemplares.
As trilhas que partem de Os Sertões e de Euclides; três estudos (sobre o tema euclidiano), Euclides de volta a São José do Rio Pardo; Um educador brasileiro - Lourenço Filho; Sobre enciclopédias.
Entre os anos de 1960 e 1979 organizou numerosos projetos editoriais como orientador editorial das Edições Melhoramentos, editora de São Paulo, contribuindo para um catálogo dos mais opulentos, do livro brasileiro, em diversos gêneros.
"Francisco Marins não é somente o grande romancista do café, é o poeta de um Brasil de essência, brotado na saga dos povoadores, dos padres missionários, dos desbravadores, dos sertanejos rudes, dos plantadores de café e dos construtores de ferrovias no sertão misterioso". (Fábio Rodrigues Mendes)
Francisco Marins, através de seus livros, enobrece e eleva o nome de Pratânia por todo o Brasil e também para outros países, uma vez que seus livros são traduzidos em 11 línguas.
CANTOR ZÉ DA ESTRADA
Waldomiro de Oliveira, nascido em 1929 na cidade de Pratânia.
Fez dupla com Joel, nascido em Porto Feliz, em 1934, formando a dupla sertaneja Pedro Bento & Zé da Estrada. Veteranos da música sertaneja que, com seus chapéus de mariachis e instrumentos típicos do estilo mexicano, brotaram com força no interior paulista na década de 1950.
Com uma vantagem em relação às demais dupla da época, com muita altivez, inovaram ao importar as rancheiras que fizeram sucesso na América central com as roupas e os acessórios típicos passaram a fazer parte do cenário do palco a partir de 1963, e assim ganharam o título de "os amantes da rancheira". Ainda em 1959 emplacaram seu primeiro sucesso, "Seresteiro da Lua" A princípio, eles cantavam música caipira de raiz, mas em meados dos anos 60 preferiram levar adiante as já então muito comuns influências da música mexicana, enfatizando ainda mais os chapelões, trompetes e cu-curu-cu-cus. A mistura deu certo. E assim, o sucesso de Pedro Bento e Zé da Estrada perdura até hoje, sendo uma dupla pioneira e de grande sucesso no mundo sertanejo.
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